Psicólogo e Psicanalista Ug Cobra

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Autoria. Um velho mestre uma vez me falou “o adulto quer autoria. Criança se contenta em reproduzir o que é dos outros”....
10/01/2024

Autoria. Um velho mestre uma vez me falou “o adulto quer autoria. Criança se contenta em reproduzir o que é dos outros”. Esse pensamento me acompanha desde então. No cotidiano do consultório, diversos pacientes que passam pelo meu divã (presencial ou virtual) estão ali para se queixar de algo que não vai bem. Existe uma demanda de algo que eles não conseguem nomear direito ainda. Ao longo das sessões no tempo de cada um, o desejo de autoria, vai tomando forma.

Ser autor não é algo fácil, pois envolve criar algo desde um lugar singular e autêntico. Ocupar esse lugar envolve um processo longo de análise. Primeiro re-contando nossa história para um outro. Disso, percebemos pontos de alienação, de precariedade, de sofrimento. Vamos dolorosamente olhando para o que nos oprime e para a impotência sentida nesse processo.

Eventualmente algo se opera e começamos a prestar atenção em nossa presença no mundo. Nos inserimos na história. Algumas coisas vão caindo e alguns dramas começam virar comédia. E assim, vamos nomeando o que antes não conseguíamos.

Essa experiência inevitavelmente nos transforma. Através dela vamos ampliando nosso campo de linguagem. Quanto mais vamos andando e atravessando tudo aquilo que nos gruda na pele e nos derruba (não sem muito sacrifício e coragem) mais vamos nos tornando outros, mais sábios que aprendem a perder algo do orgulho.

A autoria vem como um efeito desse processo, que é complexo e difícil. Diante de uma visão diferente sobre as velhas coisas, visão diferente que mexe na carne, a gente começa a querer também falar do que é nosso, singular. Ficamos com o desejo de “fazer com o outro” e não somente “para o outro”. Menos embrutecidos, menos raivosos e reativos às críticas. Por compreender que a vida não é definitiva, pois morremos, nós entendemos que todo o resto também não o é e não precisa ser, no que tange àquilo que é simbólico. Diante disso, criamos a vida sem padecer do fantasma de sermos destruídos. A autoria vem e o adulto quer isso, autoria. Não à toa existe aquele ditado “o sentido da vida é ter um filho, escrever um livro, plantar uma árvore”. Nessa brincadeira, o que são essas coisas senão gestos de criação e autoria?

A Psicanálise é uma forma de tratamento do sofrimento humano, criado por Sigmund Freud em 1900. Ela é uma forma de inves...
10/01/2024

A Psicanálise é uma forma de tratamento do sofrimento humano, criado por Sigmund Freud em 1900. Ela é uma forma de investigação daquilo que Freud descobriu e nomeou como inconsciente. 

O inconsciente não é algo que conseguimos acessar diretamente, pois ele é a fonte dos desejos reprimidos e instância psíquica responsável pela divisão do sujeito. Quando em nossas vidas nos deparamos com algum tipo de conflito, nós sentimos em nosso corpo e mente a força desta divisão. Muitas vezes queremos uma coisa, mas sentimos que devemos fazer outra e assim, estagnamos em dúvidas e incertezas que travam a vida.

Vai-se ao Psicanalista para poder falar sobre o sofrimento e então dizer algo do seu inconsciente, da sua divisão e do seu dilema, para então escutar algo a partir dele, visando uma mudança de posição em relação ao que faz sofrer. Não é uma tarefa fácil, pois requer coragem, todavia, é um caminho possível, dentre tantos outros que existem no mundo, como as psicoterapias e terapias.

A Psicanálise se difere de outras propostas principalmente pela sua abordagem do sujeito, ao qual ela vê como alguém que deve ser ativo na sua experiência de transformação e não somente um objeto à mercê do saber de alguma autoridade.

“Segura na palavra, segura no osso, aguenta! Porque isso vai passar também…” me disse um dia o velho mestre enquanto eu ...
10/01/2024

“Segura na palavra, segura no osso, aguenta! Porque isso vai passar também…” me disse um dia o velho mestre enquanto eu falava do divã, a respeito das coisas que faziam minha alma sangrar.

Na vida de todos nós, em algum momento, inevitavelmente, nós vamos nos deparar com uma situação que vai nos virar de ponta cabeça. Não há como evitar. São nesses momentos, em toda sua angústia e seu ardor que vivemos a travessia de um inferno. Vivemos a mais suprema experiência de desamparo, de medo e confusão.

O que fazemos com isso? Qual é o céu que nos protege? Quem é aquele(a) que pode me abraçar, me dar conforto e garantias de que vou sobreviver, de que tudo isso vai acabar?

Segura na palavra. Essa foi uma das lições que a psicanálise me transmitiu através dos anos. “Segura” do verbo segurar algo, pode ser a primeira impressão direta. Aguenta firme com as palavras. Mas há também um outro dizer aí… “(você está) segura nas palavras.

As palavras como um campo possível no qual poderemos encontrar proteção. Falar pode ser um remédio, cuja cura não te leva a um estado anterior, mas para outro lugar. Esses novos lugares não existem sem sacrifício. Em cada um desses momentos em que navegamos pelo inferno dos afetos, a palavra pode ser uma boia salva-vidas que nos impede de nos afogarmos na brutalidade real da vida.

As palavras podem ser faladas, mas também escritas. Elas podem também ser aquilo que permite um corpo mortif**ado, arrasado e destruído pelas interdições da vida, a se recompor, a ter um novo pulsar. A palavra, ela pode ser uma canoa de travessia aos lugares assombrados que nos prendem e nos deixam lá, obcecados e famintos, Implorando e implorando, por atenção, por amor.

Os bebês não falam, as crianças pedem que o pai fale por elas. Os adultos precisam falar e pedir se quiserem viver. Perder o medo e pedir.

A sabedoria vem depois de uma perda e muitas vezes nos perdemos de nós. Que mesmo em meio a pior guerra, a gente insista em falar e segure o que é nosso também.

Lacan dizia que procuramos uma análise quando algo não vai bem. Em uma entrevista na revista Panorama, em 1974, ele afir...
10/01/2024

Lacan dizia que procuramos uma análise quando algo não vai bem. Em uma entrevista na revista Panorama, em 1974, ele afirmou que é o medo que leva uma pessoa à análise. Medo de coisas que podem acontecer com ela, medo daquilo que não entendem.

Freud criador da Psicanálise dizia sobre a sensação de um estrangeiro dentro de nós. (Se é dentro de nós, não deveria ser estrangeiro). E esse desencontro tem efeitos de sofrimento que eventualmente nos levam ao consultório de um analista.

O medo, o pavor, a angústia, aquilo que não encaixa, aquilo que se repete, nos causa sofrimento. O sofrimento por sua vez, toma formas e jeitos. Surgem sintomas que tentam dar conta disso tudo e encaixar todas as coisas numa existência pretensamente pacífico e controlada.

Uma das grandes sacadas de Freud e que depois foram aprofundadas e elaboradas por Lacan, foi essa ideia de que o ser humano não é um amontoado de certezas das coisas que ele percebe na vida. Ele não é um acumulado de saberes conscientes que se bem organizados, nos darão uma direção clara para um curso de ação. Muito pelo contrário, a condição humana é a de um conflito, sempre divididos entre o que pensamos querer, o que podemos e o que devemos. E diante disso ainda existe um pano de fundo, bastidores, onde acontecem coisas que escapam de nosso processo consciente de pensamento.

A questão “o que nos leva a um consultório” não é tanto o sofrimento claramente sentido por alguém. Aliás, não é somente o sofrimento. Eu apontaria que uma das grandes causas é o enigma por trás desse sofrimento. O enigma do sofrimento que nos convoca a querer tentar desvendar isso.

“Por que me sinto tão mal?”, “por que sofro tanto com essa situação?”, “o que ela quer de mim?”. Muitas vezes essas perguntas são o bojo infernal que fazem uma pessoa seguir repetindo erros que a assolam e incomodam. Mas também são o enigma que pode fazer uma pessoa ir a um consultório, falar de si e do que sente.

A escolha de um analista é outra pauta oriunda dessa discussão. Como se escolhe um/uma analista? Bom, a resposta está no conceito de transferência. Mas isso f**a para um próximo texto.

Quando chegamos a um consultório de um analista, geralmente nos encontramos em um momento pessoal delicado. Estamos pres...
10/01/2024

Quando chegamos a um consultório de um analista, geralmente nos encontramos em um momento pessoal delicado. Estamos presos em algo que aconteceu ou que está acontecendo, de tal forma que molda nossa realidade e nos faz sofrer. Não sabemos como sair daquilo e sentimos que precisamos de uma resposta a esse enigma que nos rodeia: “por que não consigo superar tal situação ou sair de tal situação?” ou ainda “por que ainda sofro por isso? por que não esqueço?”.

Nesta operação de chegar a um psicanalista e falar sobre seu sofrimento de forma a encontrar respostas, existe um fenômeno que é fundamental que ocorra para que o trabalho consiga prosseguir. É aquilo que chamamos de ‘transferência’.

A transferência é o que ocorre quando o paciente atribui um ‘suposto saber’ à pessoa do analista e portanto, lhe confere a confiança de escutar o que ele tem a dizer. A transferência também ocorre na vida fora do consultório. Também ‘transferimos’ com outros, por diversas razões que escapam à nossa razão.

A transferência não acontece à primeira vista, ao primeiro encontro. As vezes ela vem depois de algumas trocas, quando o paciente em suas primeiras sessões escuta algo diferente naquele encontro. Diferente de tudo que já ouviu, seja na mesa de bar ou na festa de família. Ele ouve algo diferente, porque em primeiro lugar, ele foi escutado diferente. E isso tem efeitos.

Às vezes o paciente já chega ‘transferenciado’ em função algo que leu ou escutou deste analista ao qual marcou a sessão. O analista sabe disso tudo e por isso sempre atua com cautela nos primeiros encontros. Antes de uma análise propriamente dita acontecer, existe algo chamado ‘entrevistas preliminares’, que é esse momento de escuta que permite o surgimento (ou não) da transferência.

Freud nos aponta que a transferência é a mola da cura. Através dela podemos nos ligar à experiência de análise e comparecer ao encontro analítico.

Transferência é esse fenômeno de laço que permite falar mais abertamente mas também tem a ver com uma atribuição de afetos que outrora foram intensamente atribuídos a outros e que nos marcaram em nossa história.

Somos complexos e a transferência é um fenômeno importante dentro di

A angústia é um afeto que não mente, nos diz Lacan. Quando ela surge, parece que tudo se empalidece e a situação angusti...
10/01/2024

A angústia é um afeto que não mente, nos diz Lacan. Quando ela surge, parece que tudo se empalidece e a situação angustiante nos domina, toma conta do nosso olhar. Cada pessoa responde de uma maneira singular ao aparecimento da angústia. Ela nos dobra e nos toma.

Muitas pessoas chegam ao consultório querendo se livrar permanentemente dessa angústia que aparece em função de alguma coisa que aconteceu em suas vidas. O estado de angústia pode ser uma experiência terrível, pois é uma experiência sem palavras.

A angústia fala algo de nós. Ainda que seja uma experiência ruim, ela tem um dizer sobre nós. Um dizer que fala de algo muito primitivo e muito singular. Que fala também dos nossos desejos outrora reprimidos por alguma razão ao longo de nossa história. Tudo que vamos criando no entorno desta angústia é, de certa forma, para nos colocar em uma distância segura em relação a ela.

Em uma análise, através dos dispositivos que a operação clínica permite, o paciente vai entrando em contato com essa angústia, de forma paciente, respeitando o seu tempo singular perante essa situação. Cada tempo é um tempo de construção dos elementos rumo à uma transformação do sujeito que fala da sua angústia. Em algum momento, este paciente outrora muito angustiado ou muito desconfiado e defensivo sobre a possibilidade de sentir angústia, começa a aprender a escutar, suportar e fazer algo com ela.

Esse “saber fazer” que vai sendo construído nas interações com a angústia e seus objetos causadores, é aquilo que vai levando o paciente a um outro lugar perante sua própria existência. É como se ele tomasse nova posição perante uma situação ao qual sentia-se extremamente refém.

Christian Dunker nos diz que essa posição de “refém”, essa sensação de “obrigação” a um comportamento ou gesto, esse “eu tenho que” nos aponta um sintoma. E sintoma é algo que criamos para lidar com a angústia. É com a escuta de si através de um outro (o analista) que conseguimos sair de certas posições de refém da angústia para quem sabe um pouco de liberdade do desejo.

Poderemos recuperarAmor um pelo outroA medida da nossa vida?(Foo Fighters)Nós somos seres da linguagem. É a palavra que ...
10/01/2024

Poderemos recuperar
Amor um pelo outro
A medida da nossa vida?
(Foo Fighters)

Nós somos seres da linguagem. É a palavra que nos molda a carne, que nos dobra e que coloca em marcha. O toque ele também é parte dessa construção. Recebemos abraços, beijos, tapas e empurrões e demoramos um tempo para compreender quais são as palavras que dão sentido a esses gestos. Um tapa de amor e um beijo de ódio? Isso pode acontecer.

O amor por si, mal visto e confundido muitas vezes com arrogância ou tolice, é algo que ninguém nos ensina muito bem. Muitos acham que a medida do amor próprio se dá pelo amor que vem de fora. O outro, o externo, com seu amor, dirá algo de mim. Bom, em parte esses “muitos” estão certos, o amor de fora nos define sim. Mas não somente. Quando um pai ou uma mãe recebe e ama seu filho, é essa externalidade que dará as marcas para a internalidade dessa criança. Isso nos acompanha vida afora. O que complica é o que vem depois, quando devemos ser adultos e responsáveis pela própria experiência. Aí que complica.

Na operação do encantamento e apaixonamento por um outro, estamos sempre correndo o risco de sermos arrebatados intensamente. Um desejo que brota e nos vira de ponta cabeça. Sentimos o pulsar da vida tão forte que de repente tudo faz sentido. Isso é sempre uma complicação futura que não entendemos. Mas muitos conseguem se arranjar com isso. Um desejo intenso por alguém, não traz paz, mas nos tira do lugar. O amor vem como aquela coisinha que alivia um pouco essa pressão. É uma história que pega essa experiência violenta e abranda.

Eu me lembro bem de uns poetas que diziam sobre “saber amar”. Isso não é coisa fácil, ainda que interessante. As palavras moldam a carne e também moldam nossas relações. Nós somos atrapalhados e não sabemos o que queremos, porém retomados pelo desejo pedimos e pedimos. Nisso tudo eu fico pensando sobre o saber ouvir. A si mesmo e ao outro. E tal qual como um adulto, saber operar certos cortes e certos lutos. Negociar algo e se reinventar, cuidando bem na travessia de cada fronteira. Amar o outro é um enigma, uma miragem e uma salvação. O problema é que não queremos ser salvos, queremos quase isso. Mas é só quase.

Existem encontros que nos marcam. São como forças silenciosas que chegam devagar sem avisar e que aos poucos, através do...
10/01/2024

Existem encontros que nos marcam. São como forças silenciosas que chegam devagar sem avisar e que aos poucos, através dos ecos e das ondas que causam, nos tiram do nosso lugar, nos dão nova perspectiva, sem que saibamos que essa revolução acontece em nós. Estes encontros são momentos marcados por um desejo.

Quando convivemos e nos relacionamos com alguém que nos causa esse desejo, algo poderoso se move em nós. Esse desejo nos transforma, nos dá sentido, direção, nos anima. É isso que está em jogo em um encontro. Esse outro nos toma um pouco.. Por essa razão, uma separação amorosa pode ser tão dolorosa. Quando nos separamos de alguém ao qual vivemos intensos sentimentos, é como se de fato, uma parte nossa tivesse morrido.É como a perda de algo que nos fazia borbulhar e arder numa ânsia de vida. É uma experiência dolorosa.

O luto que se sucede é a vivência dessa experiência de separação. Zizek no seu livro “Como ler Lacan” nos aponta que a grande dor do luto é aceitar esta ideia de que “aquilo que é tão importante se tornará um objeto ao qual eu não desejarei mais”. Essa travessia não é fácil e demanda uma re-articulação dos pedaços que f**aram.

A Psicanálise nos diz que uma experiência é melhor compreendida no “só depois” e não tanto no momento em si. De certa forma, esse é um aspecto meio trágico da experiência humana. A gente acaba entendo a riqueza e profundidade de algumas vivências só depois. Muitas vezes um luto leva tempo porque é nessa separação que começamos a processar tudo aquilo que foi vivido.

Uma vez um antigo mestre me falou o seguinte: “o que é um homem senão a coleção das tragédias amorosas que sobreviveu?”. Isso tudo sempre me botou a pensar sobre como é importante para todos nós esta questão do amor. Por mais que estejamos em uma sociedade que cultua o individualismo e a solidão nas conquistas, existe uma verdade que se impõe sempre: nós precisamos dos outros em nossa vida. Pois nos primórdios de nossas vidas, foi o olhar de outros que nos formaram.

Como não amar o amor, eu me questiono às vezes. Como suportar os efeitos de um desejo? Bom, seguimos tentando entender essas forças silenciosas.

Fazer uma análise é um processo de travessia e emancipação. Quando olho para trás, em quem eu era com 18 anos e quem me ...
10/01/2024

Fazer uma análise é um processo de travessia e emancipação. Quando olho para trás, em quem eu era com 18 anos e quem me tornei agora com 33, me causa uma certa alegria e alívio também. Às vezes brinco de imaginar o que teria sido de mim, caso não tivesse me deparado com a Psicanálise.

Eu lembro bem da primeira vez que entrei em um consultório. Era um sofá ao qual fui prontamente me deitando, até ouvir a voz da analista, mais velha e séria, dizer de forma gentil “pode se sentar Ug”. Fiquei constrangido na hora. Como estudante de Psicologia e neurótico recheado de sintomas eu pensei na mesma hora que aquilo tinha sido um grande fracasso da minha parte.

Fiz acredito que quatro sessões nessa primeira tentativa e fugi desesperado dali. Tinha algo de muito duro e insuportável pra mim, mesmo que naqueles quatro encontros eu tenha conseguido chorar e aliviar a perda de um amor jovem da época e que tinha me ferrado completamente.

Dois meses depois, refletindo sobre o que tinham sido aquelas quatro sessões, resolvi tentar novamente e fui atrás de um outro analista.Foram três anos até um dia em que ele operou um certo ato e me mandou procurar outro analista. Depois disso, mesmo não entendo muito bem o ato feito, segui insistindo e até hoje sigo insistindo.

Segui insistindo na vida, acreditando na possibilidade de fazer laço com outros, mesmo que um dos meus traumas de vida oriundos desde um certo colégio me diziam o contrário. Insisti no sonho de ser um profissional capaz de se sustentar fazendo o que sabe e tem desejo. Segui insistindo em ter e criar o amor na minha vida, mesmo não sabendo como fazer isso muito bem (e talvez até hoje não saiba tão bem).

A Psicanálise foi e tem sido o barco de muitas travessias. Insistência me fez perceber minha existência. E quando você sabe que existe, você faz algo com isso.

E esse “saber-fazer” é o grande prêmio. Não se trata apenas de “saber” algo de si, porque mesmo tendo consciência de algo que nos causa mal-estar, esse mal estar não desaparece pela simples consciência dele. É preciso “saber-fazer” algo com isso com competencia e elegância.

Essa experiência, pela marca que me deixou, eu desejo passar adiante para outros.

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